Num dos seus ensaios, Susan Sontag descreve a sensibilidade ao "camp" como uma espécie de amor, um amor pela natureza humana. Cita-se: "It relishes, rather than judges, the little triumphs and awkward intensities of character.....Camp taste identifies with what is enjoying. People who share this sensibility are not laughing at the thing they label as "a camp", they are enjoying it. CAMP IS A TENDER FEELING" Aqui aplicado ao cinema, é com essa ternura e vontade de ser sempre surpreendida/o que nos arriscamos a ver um clássico de culto realizado antes de sequer termos nascido, como um da nossa contemporaneidade que pode ser vilipendiado no agora mas que se tornará um clássico daqui a uns anos. É com esse profundo entusiasmo e quasi inocência que nos sentamos e deixamos o sentimento do camp tornar possível a nossa evasão durante umas horas. ASSHOLES inspira tão só a ternura quanto a que a/o espectador/a quiser dispensar. A narrativa é surreal de um realism...
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